IRRAR Capa

IRRAR

Estreia a 31 de maio de 2024 no Centro de Artes e Espetáculos de Portalegre

Sinopse


IRRAR é uma performance de cerca de 30 minutos, pensada para famílias num máximo de 40 pessoas de cada vez. Em cena, estão 5 performers que negoceiam entre eles possibilidades de errar para amar a humanidade. A partir das experiências literárias de Salette Tavares, brinca-se à fragmentação dos corpos, das sílabas e das palavras, colocando a cena a acontecer entre pedaços de espelhos: os corpos dos atores reorganizam-se em função de novos corpos, inventados a partir dos fragmentos daqueles que já lhes conhecemos. O espectador erra também, portanto, aproveitando a liberdade de ver para além do dia-a-dia. Os corpos, assim como as palavras, espelham-se noutros e partem-se em várias, porque os corpos enquanto palavras permitem um espetáculo sobretudo silencioso, falado em Língua Gestual Portuguesa. A palavra é visível também tornada forma animada e manipulada com erros (que lhe dão alma e voz) – assim, afirma-se também um lugar para o espectador em que há espaço para toda a gente, sem necessidade de sessões extraordinárias. IRRAR é permeável: na rua ou no teatro, para crianças ou para adultos, famílias ou escolas.

«Podemos considerar Irrar como um longo poema concreto em prosa. Mas trata-se também de uma narrativa que acompanha a errância/«irrância» infindável da narradora-«pueta» pelas paisagens concretas e mentais duma Lisboa de todos os tempos. A morte, omnipresente através da personagem da tia cancerosa, abre o espaço e o tempo para uma eternidade filosófico-poética mediante a meditação e a visão.
O leitor é convidado a «irrar» também pela língua portuguesa, dando irros que desafiam qualquer reforma ortográfica. A voz da poeta rebela-se contra a norma, conferindo um tom irónico e humorístico à sua narração «hilariante», à sua «brincadeira».
A língua inventada por Salette Tavares em Irrar abunda em efeitos de oralidade, a par com referências sábias. Sendo um texto experimental, Irrar promove um humanismo feito de encontros, de atenção aos outros, de cuidados, é dizer de amor.» (Do prefácio de Catherine Dumas.)

Ficha Técnica e Artística


Criação e Produção – UMCOLETIVO
Dramaturgia – Ricardo Boléo, a partir da obra homónima da Salette Tavares
Interpretação – Beniko Tanaka, Cátia Terrinca, Enano, Janice Iandtriksy e Zetho Cunha Gonçalves
Cenografia – Bruno Caracol
Figurinos e Adereços – Raquel Pedro
Luz e Som – João P. Nunes
Mediação – Rui Salabarda Garrido
Apoio ao movimento – Daniel Gorjão
Parceiros – Escola Secundária S. Lourenço (Portalegre), Município de Portalegre, Sublime X
Coprodutores – CAEPortalegre e Cine-Teatro Louletano